sábado, 29 de março de 2008

Rio Amazonas

Imagem de satélite do rio Amazonas

O rio Amazonas é um grande rio situado no norte da América do Sul, ao centro da floresta amazônica. Maior rio da Terra, tanto em volume d'água quanto em comprimento, nasce na Cordilheira dos Andes, Peru, no lago Lauri ou Lauricocha, e deságua no Oceano Atlântico junto ao rio Tocantins no grande Delta do Amazonas, no norte brasileiro. Ao longo de seu percurso recebe os nomes Tunguragua, Marañón, Apurímac, Ucayali, Solimões e finalmente Amazonas. Por muito tempo se acreditou ser o Amazonas o rio mais caudaloso do mundo e o segundo em comprimento[1], porém pesquisas recentes o apontam também como o rio mais longo,[2] [3] superando o Nilo.

Detém a maior bacia hidrográfica do mundo, ultrapassando os 7 milhões de km2, grande parte deles de selva tropical.

A área coberta por água no rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante as estações do ano. Em média, na estação seca, 110.000 km2 estão submersos, enquanto que na estação das chuvas essa área chega a ser de 350.000 km2. No seu ponto mais largo atinge na época seca 11km de largura, que se transformam em 50km durante as chuvas.

Geografia

Uma pesquisa recente, realizada pelo IBGE em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, com a Agência Nacional de Águas, e o Instituto Nacional Geográfico do Peru (IGN), revelou que o Amazonas tem um comprimento de 6.868 km e mais de mil afluentes, e portanto maior que o Nilo com seus 6.695 km de extensão, sendo então o mais longo rio do mundo. Sua bacia hidrográfica é a maior do mundo, com uma superfície de aproximadamente sete milhões de km2. O Amazonas é de longe o rio mais caudaloso do mundo, com um volume de água cerca de 60 vezes o do rio Nilo, embora aproximado pelo Rio Congo.

Diversas fontes afirmam que a nascente do Rio Amazonas está no Nevado Mismi, monte de origem vulcânica, localizado na Cordilheira dos Andes, como mostra foto ao lado. Porém, devido às novas descobertas, os cientistas são levados a crer que sua nascente tem por origem o sul do Peru, havendo ainda uma dúvida se realmente tem origem ao sopé do Monte Mismi, ou em Apacheta, distantes cerca de 10 km entre si.

A quantidade de água doce lançada pelo rio no Atlântico é gigantesca: cerca de 190000 m3/s na estação de chuvas, ou um quinto de toda a água fluvial do planeta. Na verdade, o Amazonas é responsável por um quinto do volume total de água doce que desagua em oceanos em todo o mundo. Diz-se que a água ainda é doce mesmo a quilômetros de distância da costa, e que a salinidade do oceano é bem mais baixa que o normal 150 km mar adentro.

O Amazonas, que pode ter 50 km de largura (na região de Gurupá), é navegável por navios oceânicos de porte médio até Iquitos, a 3.500 km (2.300 milhas) do mar.

Fauna e flora

Toda a fauna da selva tropical úmida sul-americana está presente na Amazônia.

Os cientistas afirmam que ali existem inúmeras espécies de plantas ainda sem classificação, milhares de espécies de pássaros, inúmeros anfíbios e milhões de insetos. É tão amplo o seu número de espécies de peixes e plantas aquáticas que enumerar todas seria impossível.

Desde os insetos até os grandes mamíferos como as antas e os veados, répteis como tartarugas, caimões e víboras também ali habitam. Há pássaros e peixes de todas as espécies, plumagens e peles. Nas lagunas ao longo do Amazonas floresce a planta Vitória Régia, cujas folhas circulares chegam a mais de um metro de diâmetro.

Para todos os aficionados ao aquarismo, trata-se da fonte que proporciona a maior quantidade de espécies de peixes que hoje em dia povoam os comércios e aquários de todo o mundo.

Pulmão do planeta

A floresta amazonica é considerada o pulmão do planeta entretanto alguns estudiosos discordam com essa comparação, segundo eles, chamar as florestas tropicais de "Pulmão do planeta" é um equívoco e há várias motivos que não combinam com essa comparação, por exemplo:

  • Outro fato é que a maior parte da produção do oxigênio que respiramos provém de microorganismos (algas e cianofíceas) e que sua produção de oxigênio por fotossíntese supera em muito o seu consumo pela respiração. Enquanto que nas florestas tropicais o oxigênio produzido pela fotossíntese durante o dia (fase clara) é consumido em grande parte à noite (fase escura) pela respiração das mesmas. Apenas florestas que ainda estão em desenvolvimento produzem mais oxigênio do que consomem, e as florestas tropicais em sua grande maioria já estão em processo de estabilidade ecológica.

Contudo, as imagens de satélites em movimento, demonstram que existe um grande processo de respiração da floresta que é responsável pelas formação de nuvens que levas as chuvas para a parte central da América do Sul, nesse sentido a floresta é comparável a um organismo vivo que respira.


O encontro das águas

Além do encontro das aguas do amazonas com o mar, que faz a pororoca no delta do Amazonas , outro incomum fenômeno é o encontro das águas de cores diferentes que não se misturam, do rio Negro e Amazonas que há séculos desafia os pesquisadores.

É muito comum os pescadores retornarem ao caís do porto de Manaus com o pescado ainda vivo num aquário e ao meio duas águas que não se misturam.

Portos

Os portos mais importantes do rio Amazonas ficam nas cidades de Iquitos, no Peru, Letícia na Colômbia e Manaus no Brasil.

A capital do Estado do Pará está situada em um dos braços do Rio Amazonas. É banhada pelo Rio Guamá ao sul e pela Baía do Guajará a oeste, a 160 km ao sul do Equador. É o maior rio do mundo em volume de água, com extensão total de 5.298 km. Corta o Estado do Pará no sentido Oeste-leste, possuindo em sua foz a maior ilha fluvio-marítima do mundo, a ilha de Marajó, onde, ao norte ocorre o fenômeno da "pororoca", invasão de águas do Oceano Atlântico no rio, formando grandes ondas destrutivas. Suas águas são barrentas e frias, alcançando a profundidade de 100m; sendo um rio de planície, é navegável em toda sua extensão.

Estrada
Um pouco ao sul do Amazonas está a Estrada Transamazônica, como um longo canal de poeira e barro, resultado de uma das aventuras mais ousadas jamais tentadas na maior de todas as regiões florestais do mundo. A estrada BR-230 imita o curso do rio Amazonas, pois avança em forma paralela ao este. Tem, de acordo com os números oficiais, cinco mil quilômetros de comprimento, apesar de estar invadida pela floresta em vários trechos. A estrada, iniciada no período da ditadura militar, nunca fez jus aos milhares de milhões de dólares nem às esperanças de desenvolvimento depositadas nela, mas foi uma grande indutora do desmatamento ao longo de seu curso.

Desnível nos últimos quilômetros
O rio Amazonas, cujo curso é muito plano (20 m de desnível nos últimos 1.500 km) antes da sua desembocadura, constitui um caso muito especial de marés oceânicas. Na região do rio Amazonas, tais marés são conhecidas como pororoca, e são uma atração turística. Os primeiros resultados de uma investigação realizada por instituições brasileiras associadas no marco do programa HiBAm (Hidrologia da bacia amazônica) permitem entender melhor a influência da maré no funcionamento hidrodinâmico do Amazonas ao se aproximar ao oceano e, de maneira mais particular, medir seu impacto nas pulsações do caudal do rio e no transporte de sedimentos em direção ao oceano.

Grupos indígenas e povos ribeirinhos

No território ao longo do rio Amazonas moram inúmeros grupos nativos precedentes originalmente do Peru, da Colômbia e do Brasil.

Há também povos ribeirinhos que vivem basicamente da pesca de subsistência, habitando geralmente em palafitas.

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